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Conta de luz mais cara: bandeira vermelha aumenta em 52% a partir de julho

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|  Foto: Pedro Conforte
Com o acionamento da bandeira vermelha em seu maior patamar é importante reforçar aos consumidores ações relacionadas ao uso consciente e ao combate ao desperdício de energia. Foto: Arquivo/Pedro Conforte

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) definiu, nesta terça-feira (29), um aumento de 52% na bandeira tarifária vermelha patamar 2 a partir do mês de julho. A alteração do valor ocorre devido a intensidade da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), registrando condições hidrológicas desfavoráveis.

O valor da cobrança adicional aplicado nas contas de luz na bandeira vermelha de patamar 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,492 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já a bandeira amarela passou de R$ 1,34 para R$ 1,874, enquanto a vermelha patamar 1 caiu de R$ 4,16 para R$ 3,971, ambas a cada 100 kWh. No entanto, a bandeira verde, que indica boas condições de geração de energia, é gratuita desde a adoção do sistema, em 2015.

O último reajuste das bandeiras tarifárias foi realizado em 2019, pois em 2020 a Aneel não alterou o valores como medida emergencial para aliviar a conta de luz dos consumidores e auxiliar o setor elétrico em meio ao cenário de pandemia da Covid-19.

Apesar disso, a incidência dos adicionais de bandeiras tarifárias na conta de luz dos consumidores que possuem direito à Tarifa Social de Energia Elétrica segue os mesmos percentuais de descontos, que são estabelecidos por faixa de consumo. Isso significa que as famílias de baixa renda, inscritas no programa de Tarifa Social, pagam as bandeiras com os mesmos descontos que já têm nas tarifas, de 10% a 65%, dependendo da faixa de consumo.

Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

Durante este mês de junho, a bandeira já estava vermelha no patamar 2. No entanto, com esse reajuste, os consumidores devem observar valores ainda mais caros nas contas de energia. Por conta disso, a agência indica algumas ações que podem auxiliar no consumo. Confira:

Chuveiro elétrico

  • Tomar banhos mais curtos, de até cinco minutos;
  • Selecionar a temperatura morna no verão;
  • Verificar as potências no seu chuveiro e calcular o seu consumo.

Ar condicionado

  • Não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado;
  • Manter os filtros limpos;
  • Diminuir ao máximo o tempo de utilização do aparelho de ar condicionado;
  • Colocar cortinas nas janelas que recebem sol direto.

Geladeira

  • Só deixar a porta da geladeira aberta o tempo que for necessário;
  • Regular a temperatura interna de acordo com o manual de instruções;
  • Nunca colocar alimentos quentes dentro da geladeira;
  • Deixar espaço para ventilação na parte de trás da geladeira e não utilizá-la para secar panos;
  • Não forrar as prateleiras;
  • Descongelar a geladeira e verificar as borrachas de vedação regularmente.

Iluminação

  • Utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas e apagar a luz ao sair de um cômodo; pintar o ambiente com cores claras.

Ferro de passar

  • Juntar roupas para passar de uma só vez;
  • Separar as roupas por tipo e começar por aquelas que exigem menor temperatura;
  • Nunca deixe o ferro ligado enquanto faz outra coisa.

Aparelhos em stand-by

  • Retirar os aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências.

Crise Hídrica

Ainda de acordo com Aneel, julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos. Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.

Além disso, a agência está recebendo propostas de modelos regulatórios para inserção de recursos energéticos distribuídos (RED), como o armazenamento de energia, veículos elétricos e resposta da demanda, além de microrredes, e usinas virtuais. Para enviar uma proposta acesse o link.

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